Talvez, este trocadilho também pudesse ser usado para os escritores, pois há pessoas que, mesmo não gostando de escrever, já ousaram fazê-lo através de algumas linhas adocicadas de ternura em longas cartas para a namorada – tempo em que não havia e-mails ou messengers. Outros continuam escrevendo e, pouco a pouco, com maior capacidade, vão apresentando suas idéias de maneira clara e objetiva.
Vale lembrar que as mensagens instantâneas, sempre breves, limitaram a capacidade de as pessoas se expressarem através das letras.
Todo mundo já escreveu alguma coisa para alguém, mesmo não gostando. É interessante lembrar que, quando escrevíamos nossas cartas apaixonadas para a namorada, sabíamos que somente ela iria ler aquelas “mal traçadas linhas…” e, se acontecesse de haver alguma dúvida no entendimento do conteúdo, certamente, ela nos telefonaria para obter maiores esclarecimentos.
A cada dia, novos “blogueiros” surgem na internet. Eles escrevem desde suas tarefas cotidianas até assuntos mais relevantes. O famoso “eu queria dizer isso ao invés daquilo” não tem espaço num artigo que, em poucos segundos, é lido por centenas de milhares de pessoas.
Imaginemos o caos que seria - para quem escreve na intenção de apresentar suas idéias ao mundo - se tivesse de enviar um e-mail para cada leitor que acessasse seu artigo, explicando o que realmente pretendia dizer… Essa pessoa passaria o resto do dia reescrevendo o que já tinha escrito, mas infelizmente, de maneira não tão precisa.
Certamente, o objetivo inicial que a pessoa tinha, quando começou a escrever, foi se perdendo em longos parágrafos, idéias mal concluídas, ou em parágrafos que na verdade repetiam as mesmas coisas, mas escritas de maneira diferente.
Isso tudo me da um pouco de medo, da má interpretação, ou ate mesmo de passar idéias erradas.E o fato de que milhões de pessoas podem ler essas bobagens? Coisas que talvez, so façam sentindo para mim mesmo...eu de verdade, nem quero pensar nisso...