- vamos almoçar hoje?
- não dá.
- então, vamos jantar?
- não dá.
- e se eu acordá-la às três horas da manhã para comer lula?
- dá, mas eu não quero.
- você está trabalhando demais. sete dias por semana. eu nem a vejo mais. as crianças já nem lembram mais do seu rosto.
- diga que eu me pareco com a Rita Hayworth jovem.
*faz cara de quem não acha e solta um: humm*
-o quê? já me disseram isso.
- prometo que vamos fazer alguma coisa em breve. e se não for em breve, logo depois.
- em breve não vai dar. eu vou almoçar com aquela menina. Qual é o nome dela mesmo?
*ela vai embora e ele vai logo atras no elevador cantando, quando obs que uma mulher desconhecida completa as musicas dele*
*no escritorio com um amigo*
- essa discussão toda até me deu fome, sabia? vamos jantar hoje? sabe, é a minha útlima refeição.
- sinto muito, teletubbie lixeiro gay. eu e ela já temos planos. *pegando o telefone e ligando para ela*
*a secretaria dela atende*
- alô
- hey karen
*a secretaria anuncia* É o seu empaca-namoro. Ele está na linha 1.
*ela fica com cara de *u e depois atende* - oi, o que foi?
- oi. o jantar está de pé? eu conheço um restaurante chinês-judaico aqui pertinho. eu estou muito a fim de ir lá para dar risadas.
- não dá. estourou um problema com a residência do Schneider. Eu preciso retirar todas as cortinas e tapetes. Aparentemente, o único tapete que o Sr. Schneider gosta é aquele que está em cima da cabeça dele.
- bom, eu espero. eu espero.
- não espere. coma sem mim. vou chegar tarde, tarde.
- tarde, tarde? por quê? por quê? por quê?
- porque, porque, porque, porque, porque...certo, bonitão, preciso desligar.
- a gente se vê algum dia.
- tchau
*o amigo que continua na sala resolve dar um piteco*
- pobre de você, até ela está te dando um cano.
*já em casa, ele resolve levar suas roupas para lavar e chegando lá ouve*
- é o cantor do elevador.
*sorrisinhos*
- eu vi o seu ato entre o nono andar e o segundo.
- todos esses anos de escada rolante valeram a pena.
- alias, meu nome é fulano
- o meu é siclana. acabei de me mudar para o 15-F
- 15-F? Belo apartamento.
- bom advogado no divórcio.
- sinto muito. foi complicado?
- na verdade, foi.... sabe, eu prefiro nem falar sobre isso.
*ele fica sem reação e ela faz caras e bocas e solta baixinho: era brincadeira*
- você é engraçada.
- eu sou e você é tão lindo.
*ele faz cara de acontece*
- ei, quer jantar comigo depois? Deve estar ocupado. É estranho convidar assim?
- não, não, não. inclusive acabaram de me deixar na mão. Sabe tem um restaurante judaico-chinês aqui perto.
- jura? puxa, estou muito a fim de comer uma comida esquisita.
*eles saem rindo e vão jantar*
No dia seguinte*ele tem a brilhante ideia de levar a nova amiga, para conhecer a antiga*
- Maria...Siclana.
- Oi, muito prazer.
- Muito prazer.
- Siclana, o fulano falou super bem de você e infelizmente eu não posos almoçar com vocês pois eu estou lotada de trabalho.
- Não, você vai cancelar de novo? Eu pensei que fôssemos almoçar juntos no Soho.
(Siclana se mete)- É! E depois, vamos até a rua goiabinha ver aquele cara que passa no meio da raquete de tênis.
- Frank. Ele é engraçado.
- E você, eu vejo em algum momento antes do outono isso se não acontecer outro plantão médico de decoração!
*ela abraça fulano por tras*
- Não é incrivel, Siclana? O fulano é homem mas consegue ter sarcasmos múltiplos.
*ele da um beijinho nela e vai saindo com siclana*
*que berra* - foi um prazer te conhecer.
- o prazer foi meu.
*quando eles saem, ela nao deixa de comentar com a secretaria*
- ela é legal. *a secretaria olha esnobe* o que foi?
- não gostei de toda essa intimidade com o seu marido.
- por favor, não o chame de "meu marido".
- tudo bem, não gostei de toda essa intimidade com seu parceiro fixo não-romântico.
- eu também não gostei, então, pare, por favor. É bom que ele tenha outra amiga, agora que ando tão ocupada.
*a secretaria provoca* seu peguete que não namora!
*fulano e siclana começam a ficar muitos amigos, fazem jogos de duplas, jantam, almoçam juntos...tem gente que os vê e ainda comenta: ele não era amigo daquela, lá? como era mesmo o nome?*
*um dia ela chega mais cedo em casa*
- hey o que faz aqui?
- vim me arrumar para a reunião
- ahh, ok. que horas são?
- 7:30 *ele corre da um selinho nela e fala: tenho que ir jantar com a siclana, já to atrasado* - tchau siclana
*ela fica chocada e ele volta*
- te chamei de siclana?
- é
*ele ri solta: que engraçado e fecha a porta*
*ela fica rindo irônicamente e fala: tem coisas que não tem graça e puta vai contar para a secretaria*
- quando eu cheguei, aquela mulher que ele conheceu há 5 minutos estava na nossa casa, jogando com nossos amigos, usando o nosso porta-copo. E ele ainda a jogou pra trás! Jogou daquele jeito que sempre me joga.
- essa é a história mais velha do mundo, querida. um homem conhece uma mulher. um homem conhece outra mulher. um homem joga a mulher pra trás. um homem fica com a nova garota. Mas sabe, querida, para segurar um homem você precisa caprichar um pouco. digo uma camisola ousada, um perfume provocante. fale com ele com sotaque holandês como a baba dele fazia.
- vou convidá-lo para almoçar.
- nem adianta ligar para o escritório, querida. ele está doente.
- não está não.
- está sim.
- não acredito que não estou sabendo que o fulano está doente. porque ele não me ligou? quem sabe cuidar dele melhor que eu? *ligando para ele quando ouve a voz de siclana do outro lado da linha e desliga furiosa*
- ela está cudiado dele doente. tem cois amais irritante? *e corre pra casa dele*
- siclana! que supresa!
- oi
- ei, eu vim assim que soube. como está?
- estou com um pé na cova. o coveiro só não me enterrou porque não foi com a minha cara.
- escute, vocês não tem ervas aromáticas?
- não. Siclana o que está fazendo aqui?
- só estou ajudando o nosso amigo "dodói"
- obrigada. bom, agora que cheguei, já pode ir. eu ajudo o "dodói"
- volte para o trabalho. está tudo sob controle. eu fiz uma panela de sopa de ervilha assim, o "dodói" não vai ficar "dodói" nunca mais!
- bom, o "dodói" não gosta de ervilha.
- QUEREM PARAR DE ME CHAMAR DE DODOI? Se não, eu vou acabar vomitando.
- eu pego a sopa para você.
- pode deixar.
- eu levo.
- já estou levando.
- a tigela é minha.
- a sopa é minha.
*uma puxa a bandeija da outra*
- o fogão é meu.
- a receita é minha.
*a soca cai no fulano*
- MEU DEUS! Vocês me queimara.
- Meu deus! Tudo bem?
- o que acontece com vocês duas? não é me escaldando que a febre vai embora. *sai revoltado da sala*
- posso lhe falar uma coisa? É a minha inteção é realmente, de verdade, querer ajudá-la. Você está parcendo intimidade e insegura.
- e eu vou lhe falar uma coisa para ajudá-la. Saia da minha casa, sua maluca.
*elas começam a brigar ate que fulano volta*
- isso é pra me animar? hey, hey..gabrielle e xena, parem com isso! o que está acontecendo aqui?
- ela que começou.
- uma ova.
- PARE! PARE! "Uma ova" foi falando por uma adulta. vamos dar um tempo nisso. cada um para um lado. vamos.
- idiota!
- louca!
- HEY! HEY!
- o que há com vocês?
- nada.
- então, eu vou voltar para o meu quarto e vocês resolvem isso jogando videogame.
- é que eu andei muito ocupada e quando virei as costas fui susbtituída por essa pirada.
-
quando um não quer, o outro não é substituído. Espere, espere aí. você está com ciúmes?
- ptsssssss.. NÃO! está me gozando? Até parece que eu.... sim, estou morrendo de ciúmes.
- o papel de melhor amiga do fulano sempre foi e sempre de uma garota briguenta..ophs você.
- jura? não é o que está parecendo ultimamente.
- bem, você anda sumida ultimamente. você precisa me deixar sair com outras mulheres.
- eu sei. acho que é justo. eu saio com outros homens.
- é.
- até durmo com alguns.
- ok, agora para...já começou a doer.