segunda-feira, 10 de agosto de 2009

grande realidade

Acordo sem sono e com a maior disposição. Tomo café da manhã com tempo e uma infinidades de croissants, queijos e sucos. Moro de frente para o mar num vilarejo britânico bem tranqüilo onde se vende frutas em todas as esquinas, mas assim que eu entro no meu BMW, eu percebo a grande realidade.

Meu chefe continua me adorando e dizendo que eu sou o melhor e mais promissor designer do mundo e as reuniões, que criei, para novas ideias está bombando e traz, nessa semana, a caneta-comivel que pode se moder a tampa sem passar vergonha.

Atrás da minha quase empresa são só escombros, o restaurante predileto dos publicitários explodiu no último ataque terrorista contra as pessoas que ganham bem demais sem fazer porra nenhuma e matou a maior parte deles, deixando vivo apenas os mediocres funcionários que atualmente tiram xerox e me servem cafezinho.

E normalmente é um cafezinho de um dedo, frio, mal feito e com residos de cuspes e pentelhos, ai eu lembro que um dia eu fui um publicitario, infeliz, mal comido, que sobreviveu ao um ataque terrorisa e fica tudo certo. Pra que me estressar?

Quando não estou afim de trabalhar, eu entro na sala do meu chefe e falo: "Estou indo. Semana que vem...não...não. Mês que vem eu volto". E vou sem mais e nem menos, porque a vida é assim. Ninguem tem ideia sobre pressão.

Todas as pessoas limitadas e estúpidas com as quais tive que conviver durante um tempo muito longínquo da minha vida, foram transferidas para um lado do planeta onde Mini Coopers e meninas famosas e os melhores designer do mundo não entram...