sexta-feira, 16 de julho de 2010
da mudança
e após 2 meses, ele abriu a porta e foi embora. ainda estava confuso ou talvez um pouco bêbado. não queria pensar em consequências. sua vida inteira foi planeada para o acaso. queria parar de chorar. como exigir compreensão de uma desconhecida? sentiu-se sozinho e teve saudade. saudade faz lembrar que caminhamos lado a lado. apertou-se contra o peito, a desconhecida também era desiludida. quis abraçá-lo. o mundo girava devagar. a chuva caia doída, estilhaços d'água continuavam machucando, mas ainda assim ele sorria. as coisas são como são. e ele era pedaços. fragmentos de estórias de uma vida, na sua maioria, inventada. atravessou a rua, tirou os sapatos, pensamentos e deixou levar.