Porque nunca pensei que o computador fosse trazer alguem tão importante na minha vida. Porque foi fazendo coisa errada que eu ganhei o melhor potinho para morar. E eu não conseguir ficar perto de você sem falar as coisas que eu sinto e algo que me assusta mais ainda. Eu nunca fui assim. Eu odeio falar o que eu sinto, mas pra você vem naturalmente. Porque você sou eu e as minhas coisas bocós são as suas coisas bocós.
E isso tudo é muito amor. Sabia?
Para os grandes, eu penso. E viro a cabeça pra pensar em outra coisa.
Sempre achei que é mais feliz gostar, amar é pra quem pode. Mas você ou a vida ou sei lá. Insiste. E então chega enorme.
E só me resta rir que nem quando vejo um cachorro todo bocózinho. Você ri. Vai fazer o quê? É o milagre maravilhoso da vida e eu ficando brega e cheio de medo e cheio de vontade de te contar tantas coisas e nem sei se você gosta de ouvir meus atropelos. Alias, acho que você odeia.
Muito amor. Com você sinto a fidelidade de ser tranquilo. Um pacto de paz com o mundo. Pra não me afastar de você quando estou longe.
E começa a parecer impossível que os martelos do apartamento de cima sejam realmente martelos. E é impossível que as chatices do dia sejam realmente sem solução.
O amor é terrivelmente fiel. Porque ele ocupa coisas nossas que nem existem nos sentidos conhecidos. É como tomar água morna depois de ter engolido um filtro inteiro de água geladinha. Ninguém nem pensa nisso.
Muito amor. E é orgânico dentro da gente ainda que vendo de fora não pareça caber. O corpo dá um jeito. Minha casca reclama, mas incha. Tudo faz drama dentro de mim, ainda que nada seja realmente de surpresa. Sentir isso era o casaco de frio que sempre carreguei no carro. Cansado, abandonado, amassado, sujo, velho.
Mas, de repente, tudo isso desistente tem serventia e a vida te abraça. O guarda-chuva do porta-malas. A carteira falsa do assalto que minha mãe mandava eu ter no porta luvas. Sentir isso são os trocos que você guarda pra emergência.
Amar grande é gastar reservas e ainda assim ter coragem pra dar o que não se tem. Amar grande é ter vertigem no chão mas sentir um chamado pra voar. Amar grande é essa fome enjoada ou esse enjôo faminto. É o soco do bem na barriga. É mostrar os dentes pra se defender mas acaba em sorriso. É o sal que carrego no bolso pra quando eu não aguentar a vida. É o açúcar que carrego junto. É tudo que pode sair do controle. É meu corpo caindo. E as almofadas de várias cores pra me dizer que pode dar certo. É o desespero aconchegante.
E eu amo muito você. Porque você é uma mistura que eu nem sei do que. É amiga, irmã, companheira, cumplice e bocó. É algo que não tem definição ainda pra mim.
Obrigado por tudo, viu? O abraço forte faz falta, mas a gente já chora junto e depois faz piada o/
E promessa é promessa, se esquecer te espancarei ate a morte (meuladoagresticodeser(k))
eu quero sua ajuda, mas sozinho assim não é possível...