como é estranho ser humano nessas horas, de partida...
sábado, 14 de junho de 2008
a mesma história de sempre
às vezes me pergunto, aliás, eu sempre estou me perguntando algo. eu não sei porque eu me torturo, você me faz feliz por momentos que eu prefiro acreditar que vão se eternizar. mas não vão. eu sei que não. eles passam rápido demais pra preencher minhas lacunas vazias. que nunca se completam. vai ter sempre esse espaço vazio entre a consciência dos sonhos e a verdadeira realidade. então eu me iludo (eu realmente devo ser um louco). me alimento da pouca atenção que você me dá. tudo isso pra me tirar dessa minha fossa na qual eu mesmo insisto em permanecer. e você enche meu coração de amor. por alguns instantes eu me deixo esquecer tudo que aconteceu. você sabe, eu ando cansado dessa vida amarga. eu preciso me embebedar de um pouco de alegria. meu coração tá quase seco. assim como a minha boca. mastigo cada palavra sua pra dar mais saliva pra viver. engulo cada sentimento mesquinho pra não ter mais azia. tô enjoado de tanta falta de amor-próprio. não posso viver nesse vício. me faz muito mal. causa quase um câncer emocional. em alguma lei eu sei que tá escrito isso: 'não se amargure tanto. mágoas podem ser mortais'. e nesses espaços livres você coloca todos os seus sonhos, esperanças e planos. tudo bem, você sabe criar muito bem uma história boa. sua imaginação faz cenas completas, scripts bem seguidos pelas personagens e um fundo musical bem blasé, porém muito romântico. muito literário isso, porém angustiaste. e você espera, mesmo que sem nenhuma esperança, que isso seja verdade. se segura num plano desse bem doidos e aguarda. aguarda a vida passar. o tempo pular um capítulo, ou até um parágrafo que seja. tudo isso que se livrar de você mesma. e de mim. mas eu me vejo ridículo. preciso parar de querer o inexistente. parar de se viver nesse mundo que criei pra se livrar das minhas responsabilidades. daí, que eu me pergunto novamente: estupidez, masoquismo ou medo de ser realmente feliz?