terça-feira, 10 de março de 2009

me faz tão bem

- é estranho, não é? esse silêncio...tipo ficar pensando no que irei falar.
- eu acho ridiculo isso. parece que só nos sentimos bem com as pessoas conversando e tem pessoas que não se precisa disso a gente se sente feliz no silêncio.
- ...
- é você é uma delas.


É. Ela cresceu. Não só de tamanho (afinal, um metro e setenta e três é muita coisa), mas cresceu de cabeça, de coragem, de força, de determinação. Mariana tem grandes sonhos e, aquela pequena menina, se transformou num mulherão que não passa mais despercebida. Aquela menina magrela e de auto-estima fraca, aquela menina invisível abriu espaço para uma garota de presença notável, de caráter forte e de coragem imensa.

Mari aprendeu a aproveitar pequenas felicidades diárias e, finalmente, parou de se preocupar e criar rugas à toa, por assuntos corriqueiros, inúteis. Apesar da força que ela transmite, ela jamais deixou de lado aquele jeitinho meigo, manhoso, carinhoso e carente dela. Mariana cresce, "envelhece", mas nunca perde o hábito de fazer manha, de pedir colo e, como esquecer, o hábito de se fazer de desintendida. Ela "pesca" as coisas muito bem e se faz de "loira burra" só para poder fazer aquela carinha de não entendi. Um charme. Seria inconveniência se passasse despercebida. Não. Não ela.

O que adimiro, é que Mari é uma completa criança boba, feliz. Ela pula quando alguém liga, ela corre para atender o telefone sempre que ele toca (e quando atende, está com um sorriso de orelha à orelha, ofegante), e pula e grita de felicidade quando alguém lhe dá uma lembrancinha. Sim! Ela a-do-ra ganhar presentes (por mais que diga que não, que isso não é importante). Pra certas coisas, Mari nunca cresce.

O mundo gira conforme a música dela. O mundo toma as cores a formas que a Mari desenha todos os dias. E, tenho certeza, nas próximas décadas que ainda estão por vir, ela será -pelo menos- trezentas vezes mais feliz e trezentas vezes menos enganada. O mundo a pertence. E ela pertence ao mundo. (Por isso ele é tão bom, tão colorido e tão bonito)


hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar e me dizendo que eu sou o causador da tua insônia, que eu faço tudo errado sempre, sempre.