quinta-feira, 7 de agosto de 2008

infinidade de quase sem fim

é porque o teu cheiro que fica quase entre a orelha e a nuca me sedou manhã passada e eu quase que pude ser feliz de novo. você quase me fez esquecer do quanto o mundo é medíocre e as pessoas são egoístas e eu quase deixei de odiar o meu ódio de não ter quem eu quero porque não me deixaram. e você quase me fez lembrar do quanto é preciso pouco pra viver em paz. eu quase larguei mão do meu orgulho ferido e quase te implorei pra você nunca me deixar ir sem sua mão. eu quase me apaixonei pela idéia que eu faço de você. eu quase perdi a noção quando tocou x só porque essa foi nossa quase música. eu quase desejei com todas as forças ter um abraço seu. foram 18144000 segundos de um quase-amor iminente quando a realidade despertou e gritou na minha cara que era hora de voltar, e o relógio quase voltou a funcionar perfeitamente. são os quase milímetros de sanidade que nos deixa tão distantes a ponto da gente quase não conseguir se lagar. é que o quase nunca é o inteiro mas eu quase gosto de me dividir em duas metades pra que você sempre lembre que quase me tem inteiro.
é porque eu quase morro de saudades do nosso amor que quase nunca existiu.

"e agora como eu posso te esquecer?(...)"