quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dos dias...

Um dia você acorda e descobre que o sol resolveu brilhar mais forte e que, as cores antes tão cinzas, voltam a ganhar tom arco-íris. Um dia você acorda e se descobre brilhante no mar de possibilidades e na ternura das improváveis impossibilidades.

Um dia você acorda e descobre que tem tudo novo. Ou melhor, um jeito novo de fazer algo de novo, de uma forma ainda mais especial. Um dia o sol invade sua janela, numa dessas impossíveis manhãs de inverno europeu, e com ele, o calor de um amor.

Um dia você vislumbra a possibilidade de se re-construir-se na re-construção do outro. Do ato de re-construir o que de fato é importante. Um dia você acorda e percebe que seus olhos brilham mais, que seu sorriso chega a doer com a insistência em permanecer no seu rosto.

Um dia você descobre que para amar o outro é questão sine qua non amar-se com todas as virtudes e buracos que lhe cabem na alma. Um dia o dia amanhece com gosto de sorvete e brinde no final do dia com champanhe.

Um dia você olha o sorriso de uma pequena garotinha e se pergunta o por que dele. Deseja ser o responsável. E acaba descobrindo que é. Não porque fez algo, apenas por ser quem você é.

Um dia você descobre que tudo está no exato lugar em que deveria estar. Um dia você descobre que é mais você porque permitiu que o outro te enxergasse a alma. Um dia você descobre que como já dizia o poeta para ser grande, sê inteiro.

Nesse mesmo dia as palavras que faltavam ou andavam embaralhadas por aí em uma confusão qualquer voltam a habitar sua matéria. E que tudo, nada mais era que uma questão de trocar algumas vírgulas de lugar.

Um dia você acorda e descobre que a vida te presenteou com tantas coisas, que você não sabe como agradece-las....