sexta-feira, 17 de abril de 2009

Das coisas dele

Ele não gosta muito de pedir coisas. Mas, quando o faz, encolhe-se um bocadinho e faz uma voz querida como quando fala com a mãe ao telefone. Se lhe dizem que sim, que lhe fazem o favor, fica muito contente, mas não é de grandes abraços e beijinhos, um sorriso e um muito obrigado mostram que se um dia precisarem ele vai retribuir. Gosta de fazer as coisas o mais à maneira dele possível. É muito calado e sabe o que quer, não fala alto para o conseguir mas arranja sempre maneira de um alerta discreto no que acha que ainda não está bem. Ele é de muitas demonstrações de afeto, mas às vezes franze o nariz a essas coisas. As vezes ele é legal outrora ele é a pessoa mais chata do mundo. É mais prático do que afetuoso. Se foi um animal noutra vida só pode ter sido um beija-flor ou algo parecido, a cabeça ta sempre antes do corpo. É ágil. É discreto, muitas vezes as pessoas não reparam nele e são capazes de lhe perguntar o nome dois meses depois de o conhecerem, isso tira-o do sério. Apesar de não gostar que se diga, ele também é bastante bonito. Os cabelos lisos e “castanhos” combinam perfeitamente com o rosto e a cor de pele. O nariz, não precisa de explicação, é o charme dele. Os lábios bem desenhados fazem pensar em que momento ele vai saltar para cima da mesa e desatar a cantar qualquer coisa sobre ser como um pássaro. Os pequenos detalhes na sua maneira de vestir dizem muito sobre ele e acho que ele nem tem tanta noção disso. Diz que lhe faz confusão às pessoas muito mais baixas que ele. Não gosta de parecer gigante, talvez tenha medo de pisar em alguém. Por outro lado ele gostaria de carregar muitas destas na palma da mão, sim, ele é confuso também. Ele há de ser qualquer coisa que ainda não sabe muito bem. Qualquer coisa sem exageros, ele é moderado, mas gosta muito de filosofar. Há de ser do tamanho que quer ou pretende. Há de continuar a não ter paciência para grandes confusões, mas deixando sempre para tomar suas decisões na última hora.

ps.: Grande parte do que foi escrito é uma questão de ritmo cardíaco e é uma pena que ele vive sempre sem ouvir o coração.


texto feito pela minnie