Faltava só um ponto e vírgula para descobrir que tudo é uma questão de permitir-se.
Da permissão de sentir nascer as aves mais raras de pouso tranquilo. Daquelas que mais parecem bailar pelos céus como se provocassem o sol.
Bastava descobrir que se carrega todo o necessário dentro desse músculo que pulsa, ora de dor, ora de contento. Porque só vive quem sente. E para sentir é necessário que se permita. Permita deixar a armadura de lado e experimentar o mel e o fel de cada minuto em que se descobre.
Porque o ser humano é assim, vive se re-descobrindo porque é constante mutação. Assim, fui feito da matéria que muda e enquanto estive na contramão das mudanças vesti o verbo racionalizar como escudo. Não que a razão seja inimiga, desde que não aprisione e petrifique.
Mas, quando se tem o amor de si mesmo exposto como colar de pérola no colo da moça mais faceira, tem-se a razão da vida. Porque quem ama dança e quem dança sente. Sente a liberdade da morada-corpo. Por essa razão, tenho me permitido dançar sempre que preciso lembrar como é sentir.
E sempre que sinto inicio um processo de auto-entrega, de permissão. Permitir a não ser só dono decidido que sabe onde quer chegar. Permito-me, então, a me apavorar com um futuro próximo, das dúvidas da profissão. Permito-me a chorar pelo estacionamento só porque naquele dia achei que não tinha a menor vocação para o meu trabalho, pela discussão.
Permito-me não ser apenas pilastra. Dou-me o direito da interrogação. Tudo bem, algo pode ser bom e mau ao mesmo tempo, assim como as minhas ambiguidades. Posso querer não querer, ou posso, até mesmo, me agarrar no que acho que quero só para não me dar ao trabalho de entender o porquê.
Posso caminhar sozinho, posso dar risada, posso fazer pose. Posso caminhar no tapete vermelho ou simplesmente comer em boa companhia no bistrô de uma livraria. Posso ler bons livros, e posso, e acredito que a ventania que habita em mim corre solta feito criança.
E foi quando dei a pontuação correta que descobri que posso, ainda, ter alma de criança.
Da permissão de sentir nascer as aves mais raras de pouso tranquilo. Daquelas que mais parecem bailar pelos céus como se provocassem o sol.
Bastava descobrir que se carrega todo o necessário dentro desse músculo que pulsa, ora de dor, ora de contento. Porque só vive quem sente. E para sentir é necessário que se permita. Permita deixar a armadura de lado e experimentar o mel e o fel de cada minuto em que se descobre.
Porque o ser humano é assim, vive se re-descobrindo porque é constante mutação. Assim, fui feito da matéria que muda e enquanto estive na contramão das mudanças vesti o verbo racionalizar como escudo. Não que a razão seja inimiga, desde que não aprisione e petrifique.
Mas, quando se tem o amor de si mesmo exposto como colar de pérola no colo da moça mais faceira, tem-se a razão da vida. Porque quem ama dança e quem dança sente. Sente a liberdade da morada-corpo. Por essa razão, tenho me permitido dançar sempre que preciso lembrar como é sentir.
E sempre que sinto inicio um processo de auto-entrega, de permissão. Permitir a não ser só dono decidido que sabe onde quer chegar. Permito-me, então, a me apavorar com um futuro próximo, das dúvidas da profissão. Permito-me a chorar pelo estacionamento só porque naquele dia achei que não tinha a menor vocação para o meu trabalho, pela discussão.
Permito-me não ser apenas pilastra. Dou-me o direito da interrogação. Tudo bem, algo pode ser bom e mau ao mesmo tempo, assim como as minhas ambiguidades. Posso querer não querer, ou posso, até mesmo, me agarrar no que acho que quero só para não me dar ao trabalho de entender o porquê.
Posso caminhar sozinho, posso dar risada, posso fazer pose. Posso caminhar no tapete vermelho ou simplesmente comer em boa companhia no bistrô de uma livraria. Posso ler bons livros, e posso, e acredito que a ventania que habita em mim corre solta feito criança.
E foi quando dei a pontuação correta que descobri que posso, ainda, ter alma de criança.
ao som Soup Dragons - I'm Free